Redescoberta das cores e nossas escolhas

Lançada no início de dezembro, a eleita como Cor do Ano de 2017 da Pantone – que dita as tendências da moda , moda casa e design , além de design gráfico e muitos outros – é o Greenery – um verde musgo “acordado” por pinceladas de amarelo intenso.

“Sabemos o tipo de mundo que estamos vivendo, que é muito estressante e muito tenso”, disse Leatrice Eiseman, diretora executiva do Pantone Color Institute. “Esta é a cor da esperança e da nossa ligação com a natureza. Ele remete ao que chamamos de palavras ‘re’: regenerar, refrescar, revitalizar, renovar. Toda primavera entramos em um novo ciclo. É algo como olhar para a frente”, diz ela.

Já o Mergulho Sereno, cor do ano da Coral, é um tom atemporal . “Mergulho Sereno transita em todos os estilos de vida e de decoração. Trata-se de uma cor reconfortante, que reflete o que buscamos neste momento”, aponta Heleen van Gent, no Centro de Estética Global da holandesa Akzo Nobel, detentora da marca. A cartela como um todo veio mais calma, mais centrada, soma de tantos ontens e tantos hojes. E voltada para os tantos públicos que realmente somos.

Ou seja: nosso comportamento, nosso real jeito de viver está ali, nossas “tribos” estão lá representadas, sob a forma de cores. Falam de resgate da conexão do ser humano com a natureza, da cultura do compartilhar e os novos jeitos de viver, influenciados pelas comunidades criadas via redes sociais, da busca pelo equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. E até do impensado para esse mundo consumista: a reinvenção do luxo , onde as experiências pessoais têm mais valor do que o excesso de consumismo. Até nas viagens, conforme pesquisa recém feita por uma gigante do turismo on line, estamos mais propensos a aproveitar mais as experiências de cada destino bem além do luxo dos quartos dos hotéis, dos SPAs, dos resorts de luxo. Queremos ser aventureiros da vida, termos mais historias reais para contar – nem que seja de mochila nas costas. Lembram-se da máxima “ o que você vai contar para os seus netos”? Ou da propaganda o grande banco que fala em aproveitarmos mais o nosso tempos para …viver? Neste mundo tão incerto, esse é o novo luxo: viver!

No texto – Cores 2017 – http://revestir.com.br/tudo-azul/, falo da dualidade e personalização marcando as tendências e pontos em comum para um “novo consumidor”. As novas cartelas de cores para o novo ano trazem a tona as diversas personalidades dos consumidores que param de ser de massa para serem o que realmente são: únicos. Claro, inseridos em seus grupos, suas tribos – e que cada uma tem lá o seu jeito de ser.

E em outro texto, 36 minutos
Falo da pesquisa que mostra que a maioria dos brasileiros pensa, em média, 36 minutos por dia pensando em melhorias para sua casa. Ou seja: pensamos mais em nosso bem viver, em nosso oásis próprio do que lendo um bom livro, vendo um bom filme, por vezes fazendo outras coisas que amamos. Isso dá um belo panorama do quanto estamos conectados em nossas casas, nosso jeito de viver, não?

A propósito: já escolheu a sua palheta preferida?

Comecei o ano falando em pensar “Fora da Caixa”, após visita às feiras do setor de arquitetura e decoração. Das infinitas possibilidades que podíamos ver nos lançamentos. E da, enfim, possibilidade, mesmo que remota, de meu espaço ficar diferente do seu – mesmo usando o mesmo produto. Quase uma customização – ou melhor dizer personificação de nós mesmos?

Isso me remete a outro texto, já bem “antiguinho’, que chamei de Identidade (http://www.revestir.com.br/coluna_da_joyce/Identidade/identidade.html), onde falo que nosso caminho deveria ser esse: da casa como um somatório de quem fomos – e somos. Está lá: ‘a casa é um somatório do que fomos, identifica quem somos. Conta – ou deveria contar – nossa história e mostra a que damos o devido valor: se ao glamour das modas passageiras ou se ao que realmente nos acrescenta.’

E é isso que espero para esse novo ano: conexão com a natureza. Que sejamos mais conectados e responsáveis com a Mãe Terra, com seus rios, seus mares, seu ar, suas florestas – e sua gente! E, inclusive, com a própria natureza, a conexão consigo mesmo. Quem sabe despertamos nosso lado mais criativo?

Que venha o novo ano e que a gente seja mais a gente mesma!

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